Páscoa!

    Páscoa: vida que venceu a morte

                A palavra Páscoa se origina em latim Pascha, que deriva do hebraico Pessach/ Pesach, que significa “a passagem”. Essa “passagem” encontra-se no livro do Êxodo na ocasião da libertação do povo israelita da escravidão do Egito.

                Para os Judeus a Páscoa é uma comemoração que surgiu na tradição judaica em memória da libertação do povo hebreu da escravidão do Egito. Na tradição hebraica, a festa aconteceu porque Javé enviou uma ordem para que Moisés repassasse aos hebreus. Os judeus relembram a passagem do anjo da morte durante o acontecimento da décima praga do Egito – a morte dos primogênitos.

                No Cristianismo, a Páscoa possui um significado distinto da crença judaica, mas, apesar disso, a festa cristã possui uma ligação direta com a dos judeus. Para os cristãos a Páscoa nos remete ao momento de sofrimento vivido por Jesus: sua crucificação e morte, seguido de sua ressurreição que aconteceu no terceiro dia após sua morte na cruz. E como nos diz São Paulo em 1Cor15,14: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a nossa fé”. Esse pequeno trecho da Sagrada Escritura nos apresenta a dimensão do grau de importância da ressurreição para a crença cristã. Esta colocação de São Paulo nos dá a entender que sem a Páscoa, isto é, sem a Ressurreição de Cristo, nossa fé não tem sentido prático. A morte de Cristo foi um sacrifício voluntário com o propósito de salvar a humanidade de seus pecados e por meio deste sacrifício a humanidade ganhou uma nova oportunidade de conversão. Por isso, essa é a solenidade mais importante da Igreja, “a mãe de todas as vigílias” no dizer de Santo Agostinho.

                Diante do exposto cabe perguntarmos: como viver a Páscoa hoje?

                Arrisco uma resposta: Em uma sociedade globalizada ser sinal de ressurreição e esperança é mais do que nunca demonstrar as pessoas a verdade sobre o existir humano, pois, enquanto muitos vivem como se não fossem morrer, outros ficam estáticos sem motivos para viver. Ao nascermos trazemos em nosso corpo a certeza de que não somos eternos aqui, um dia faremos nossa páscoa definitiva junto a Deus; como nos diz a Carta aos Hebreus 13,14: “ ... não temos aqui a nossa pátria definitiva, mas buscamos a pátria futura.” Com esta certeza precisamos carregar a nossa cruz com amor para um dia ressuscitar com Ele. Lembrando que a cruz, para quem tem fé, não é sinal de morte e sim um sinal da vida que venceu a morte. A ressurreição não é somente para depois da morte, mas é uma experiência em vida de quem já se sente e percebe inundado pela luz da vida eterna. Experiência vivida por Jesus que viveu mergulhado no Pai.

                Papa Francisco nos diz: “Deixemo-nos contagiar pela esperança de Cristo, que é a vitória do amor sobre a raiz do mal e que transforma o mal em bem: marca exclusiva do poder de Deus”. Outro autor nos diz: “A maior dor e frustração deste mundo, não podem apagar a força da ressurreição que habita o coração cristão”.

    Ir. Fátima Melo

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