Padre Giocondo Pio Lorgna

    PADRE GIOCONDO PIO LORGNA

    Giocondo Pio Lorgna, italiano nasceu em 27 de novembro de 1970, em Popetto de Tresana, Itália numa família rica de Fé. Neste mesmo dia foi batizado. Eram seus pais: Giovani e M. Fiasella. Teve dois irmãos vivos (Bentivoglio e David) e uma irmã falecida (Maria Catarina). Viveu em Popetto até os 13 anos. Em 1883, entrou no Seminário de Parma. Fez seus estudos com ótimos resultados.

    Aos dezenove anos, apaixonado por S. Domingos e seu estilo de vida apostólica, passou para a Ordem Dominicana. Fez profissão religiosa em 27 de novembro de 1893 e no mesmo ano, dia 23 de dezembro foi ordenado sacerdote. Em Bolonha viveu seus primeiros anos de sacerdócio.

    De 1901 a 1905 fez uma significativa experiência apostólica junto ao Santuário de N. S. de Fontanellato.  Aí foi confessor das Monjas Dominicanas.

    Contra suas aptidões que o levavam mais ao estudo e pregação, foi nomeado pároco em S. João e S. Paulo – Veneza. Na sua vida de pároco dedicou-se, com empenho ao seu povo. Aí permaneceu de 5 de janeiro de 1905 até sua morte, em 8 de julho de 1928. Passou sua vida, inteiramente dedicado ao seu povo.

    Por ser dominicano autêntico deixou uma herança espiritual marcada pela espiritualidade Eucarística. Posso dizer que a razão de ser de sua vida está expressa na frase de S. Paulo: "O meu viver é Cristo". Traduziu isto em atitudes concretas que aprendeu na contemplação da Palavra e na escuta das inspirações e lições recebidas nas suas longas vigílias. Cristo Eucarístico foi seu Mestre e Giocondo seu discípulo amado, atento e fiel.

    Esta espiritualidade se tornou também uma proposta clara para a vivência de outros sacerdotes, leigos, religiosos e religiosas e, sobretudo para as Irmãs Dominicanas da Beata Imelda. Congregação que fundou para viver e irradiar o grande amor de Jesus feito pão para todos e dedicar-se à infância e juventude Cada Irmã Imeldina fortificada pelo dom e presença de Jesus se coloca a serviço dos irmãos como missionárias de seu amor sem limites que brota do Sacrário.

    O amor ao estudo e a oração fez de Pe. Giocondo um Dominicano "sábio e piedoso", com grande amor para com todos, especialmente para com os pobres e pequenos. No seu caminho espiritual, destaca-se o amor à Eucaristia, que foi o centro de sua espiritualidade.A celebração diária da Missa rezada com edificante devoção. Foi homem de coração ardente como S. Domingo. Homem da palavra, da oração e da caridade. Imita a Virgem do Rosário e vê na Beata Imelda Lambertini um modelo de vida eucarística. O exame de consciência noturno era realizado à luz da Eucaristia, revendo a sua vida em relação às virtudes de Jesus Sacramentado. A visita cotidiana ao Santíssimo Sacramento se transforma em prolongada adoração, em abstração contemplativa, especialmente em alta noite.

    A Eucaristia era o respiro vital de sua alma. “Estando no confessionário ele via o Santo Tabernáculo. Estabeleceu, com o Senhor um pacto: “cada expiração seria uma aproximação sua do Senhor e cada inspiração uma vinda do Senhor a ele”. (M. Bassi)

    Depois de prolongada doença, na qual foi modelo de doação e entrega, morreu em Veneza, no dia 8 de julho de 1928, deixando a Congregação com seis anos apenas. No dia 15 de março de 2008, o santo Padre Bento XVI reconheceu suas virtudes heroicas com o título de Venerável.

                Podemos resumir assim a sua vida: Giocondo foi um homem sábio e piedoso, de grande coração. Foi um religioso obediente. Amava especialmente os pobres e as crianças. Foi apóstolo de amplos horizontes, seu coração abraçou o agora e o futuro, a sua paróquia, a Itália, mas também o mundo inteiro. A Eucaristia heroicamente acreditada foi o centro de sua espiritualidade e vê a B. Imelda como modelo puríssimo de amor eucarístico.  S. Domingos, seu exemplo e modelo de homem apostólico. Teve grande amor a Maria e seu rosário. São características de seu ministério: esforço por conhecer as ovelhas e toda situação da paróquia; realiza uma ação planejada. Trabalho feito com criatividade, inteligência, coragem e amor; deseja uma paróquia com coração eucarístico; envolve, em tudo, os leigos...

                 Pe. Giocondo e a Congregação: Desde o período de Fontanellato (1901 a 1905) P. Giocondo sentiu a inspiração de iniciar uma nova família religiosa, na Igreja. Sonhava que ela fosse inteiramente dedicada à Eucaristia e que perpetuasse o espírito contemplativo apostólico de S. Domingos. No altar da Senhora do Fontanellato entendeu isto claramente. Sua primeira experiência foi a União Eucarística entre ele e duas monjas do mosteiro dominicano: Ir. Imelda Zapieri e Ir. Rosa Borelli.

                Na Paróquia de S. João e S. Paulo, em Veneza outras jovens se reuniram para realizar este ideal. Viviam em suas casas, alimentavam a espiritualidade comum e se dedicavam à preparação das crianças à primeira eucaristia. Tinham como protetora a Beata Imelda.

                No dia 22 de dezembro de 1916, P. Giocondo teve a felicidade de abençoar os ambientes do local onde este grupo passaria a viver em comum. Neste período foi também iniciado o Jardim da Infância “Ângelo Custodi”, (Anjos da Guarda) para meninos pobres confiados a Maria Bassi e Gilda Boscolo.

                Entre dores e alegria o grupo foi aumentando em número e no dia de Natal de 1919 foi aí celebrada a primeira Missa. No dia 11 de fevereiro de 1920 foi instalado o primeiro sacrário.

                Com imensa alegria do Fundador e de todas, no dia 30 de outubro de 1922, as dez primeiras jovens receberam, na festa centenária de S. Domingos, o hábito religioso em nome da igreja e da ordem Dominicana. Aí foi lido o Decreto de Fundação Canônica da Congregação das Irmãs Dominicanas da Beata Imelda. No dia 25 de dezembro do mesmo ano as cinco primeiras noviças faziam a profissão religiosa nas mãos de P. Giocondo.

                A partir daí a Congregação foi crescendo: no dia de S. José, 19 de março foi aberta a primeira casa filial na cidade de Este, região veneta da Itália. A esta comunidade foram se seguindo muitas outras. O impulso missionário dado por P. Giocondo levou as irmãs a atravessarem o Oceano e chegarem até o Brasil no ano de 1946.

                Hoje, respondendo aos apelos de Deus, a Congregação planta O CARISMA IMELDINO, depois da Itália e Brasil, nos Camarões, Albânia, Indonésia, Filipinas, Bolívia, México.

    “NO SILÊNCIO E NA ESPERANÇA ESTÁ SUA FORTALEZA”

    Irmã Cecília de Conti, o.p.

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para lhe oferecer uma melhor experiência e serviço. Ao ACEITAR, você concorda com este monitoramento. Para remover os cookies, clique aqui.
Conheça nossa Política de Privacidade.

Política de Privacidade
Copyright © 2014 VIVERE
TRANSPARÊNCIA